quinta-feira, 28 de junho de 2007

barco errante

se permitires que eu adoeça
sobre o teu corpo gostoso e macio
se permitires que até do frio
como de mim eu também me esqueça

se permitires que eu te aborreça
com o meu desejo agastado e sombrio
de te comer com a força e o brio
que vão fazer com que eu nunca padeça

se permitires que eu perca a cabeça
e te possua no meu desvario
de achar que és a cadela no cio
e eu o que de melhor te aconteça

se permitires que de mim me esqueça
sobre o teu corpo gostoso e macio
vou me sentir como o barco que o rio
vai conduzir pra que nunca apareça


Rio, 28/06/2007
Aluizio Rezende

Nenhum comentário: